07/03/2016
Unafisco entende que é possível suspender isenção tributária do Instituto Lula



Unafisco entende que é possível suspender isenção tributária do Instituto Lula

04/03/2016

Nesta sexta-feira (4), após a condução coercitiva do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, à Polícia Federal para prestar esclarecimentos na operação Lava-Jato, o presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita (Unafisco), Klever Cabral, afirmou que a confusão operacional e patrimonial entre o Instituto Lula e a empresa de palestras LILS, somada a pagamentos a empresas relacionadas com familiares do ex-presidente, como a empresa G4, pode gerar a suspensão da isenção tributária do instituto.

Cabral explica que a empresa de palestras aufere lucros, explicando que isto leva à suspeita de que o instituto possa funcionar como uma ponte para o recebimento de vantagens indevidas.

No despacho que deu aval à ação desta sexta, apontou-se que o Instituto Lula repassou dinheiro, entre os anos de 2012 a 2014, à empresa G4 Entretenimento e Tecnologia Digital Ltda, que tem como sócios-administradores Fábio Luis Lula da Silva (filho do ex-presidente), Fernando Bittar e Kalil Bittar. O mesmo despacho da conta de que a LILS efetuou pagamento à Flexbr Tecnologia Ltda., que tem o mesmo endereço da G4 e cujos sócios são outros filhos do ex-presidente, como Marcos Claudio Lula da Silva, Sandro Luis Lula da Silva e a nora Marlene Araújo Lula da Silva.

Os fundamentos do despacho, de acordo com Cabral, demonstram os indícios da confusão patrimonial e operacional que poderiam culminar com a suspensão das isenções do Instituto Lula.

Folha de S. Paulo
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