Panamá Papers: 11,5 milhões de documentos divulgados contém informações sobre paraísos fiscais de celebridades, políticos e atletas do mundo inteiro

04/04/2016

O jornal alemão Süddeutsche Zeitung(SZ), baseado na cidade alemã de Munique, divulgou no último fim de semana dados enviados por uma fonte não divulgada de um escritório de advocacia do Panamá, que contém informações sobre como uma indústria global, liderada por grandes bancos, escritórios de advocacia e empresas de gestão de ativos, administra secretamente as propriedades de várias pessoas ricas do mundo inteiro: políticos, oficiais da Fifa, traficantes de drogas, celebridades e atletas.

Esse vazamento de dados tem sido chamado pela imprensa internacional de Panamá Papers.

A informação divulgada contém mais 11,5 milhões de documentos e um total de 2.6 terabytes de dados, e vem sendo estudada por 400 jornalistas de mais de 100 organizações de imprensa em mais de 80 países.

A informação foi enviada pelo SZ ao Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação(ICIJJ) e a quantidade de informação divulgada faz do Panamá Papers o maior vazamento de dados do tipo com o qual jornalistas já trabalharam.

O escritório de advocacia Mossack Fonseca, no Panamá, administra os ativos de mais de 200 mil empresas do mundo inteiro, e vem, ao longo das últimas quatro décadas, mantendo anonimante propriedades em empresas offshore em paraísos fiscais.

Os documentos indicam a existência de 107 empresas offshore ligadas a pessoas envolvidas na Operação Lava Jato, segundo o portal UOL, que integra o ICIJJ. No Brasil, essa prática não é ilegal se tiver sido declarada à Receita Federal. (Com informações da BBC Brasil)