02/09/2016
Auditores da Receita Federal reiniciam Operação Padrão

Auditores da Receita Federal reiniciam Operação Padrão

02/09/2016

Servidores querem aprovação de PL para reajuste de salários

Auditores da Receita Federal reiniciaram nesta quinta-feira (1º) a “Operação Padrão” nas unidades alfandegárias de Manaus. A ação é uma espécie de blitz que torna a inspeção de cargas mais rigorosa e que pode atrasar a liberação de mercadorias.

Os servidores já haviam feito a operação em julho deste ano. Quase 900 contêineres ficaram parados em aeroportos e portos de Manaus. A categoria protesta para cobrar a aprovação Governo Federal para implementar um Projeto de Lei (PL) para reajuste de salário dos servidores.

Desta vez, praticamente todas as cargas estão sendo fiscalizadas, informou o auditor fiscal Frederico Augusto Castello Branco. Eles analisam a documentação e a mercadoria física antes de liberar o produto.

Cerca de 200 auditores fiscais atuam na capital entre alfândegas e delegacias.

Frederico explica que os auditores inspecionam especialmente as cargas que eles consideram haver “maior risco”. Essa diferenciação ocorre por meio de parâmetros da própria Receita.

O auditor admite que pode haver impactos na indústria e comércio se a ação se estender por muito tempo. “Se o volume de trabalho se acumular de modo substancial pode acabar travando a linha de produção de alguma empresas, por exemplo”, disse.

A operação, que não tem prazo para encerrar, será realizada em dias alternados. “Essas blitz ficam restritas a alguns dias porque temos maior trabalho de inteligência. Esse serviço deveria ser feito todos os dias, mas não temos pessoal suficiente. Por causa disso existe a morosidade”, explicou o auditor.

Branco informou que os auditores querem a efetiva implantação de um Projeto de Lei que garante o ajuste salarial de 21,3% entre outros itens. O acordo tinha sido fechado com o governo da ex-presidente Dilma Roussef e garantia a implementação da PL no mês de agosto, o que não aconteceu, segundo ele.

Além do reajuste, Branco disse que a pauta não remuneratória é um dos principais itens que a categoria protesta. “O Governo Federal já aprovou o reajuste de mais de 80% dos servidores do executivo federal. Sentimos tratamento diferenciado com as instituições. É uma sensação ruim de que nós somos diminuídos em relação às outras carreiras”, reclamou.

BLOG do AFR.com
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