24/11/2016
Ex-tenista Guga Kuerten perde recurso milionário no CARF

Ex-tenista Guga Kuerten perde recurso milionário no CARF

23/11/2016

O portal UOL Esportes noticiou no início da tarde de hoje (23) que o ex-tenista Gustavo Kuerten perdeu o recurso que havia impetrado em um processo de mais de R$ 30 milhões no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF).
A Receita Federal afirma que a empresa Guga Kuerten Participações e Empreeendimentos, que detém o direito de uso de imagem do atleta, é um veículo que possibilitaria ao tenista pagar o Imposto de Renda com alíquota de 20% ao invés dos 27,5% na pessoa física.
Com a decisão desfavorável ao atleta, ele terá de pagar a diferença entre as duas alíquotas no período de 1999 a 2002.O valor corrigido com a multa pode chegar a R$ 30 milhões.
A decisão administrativa é definitiva, e a defesa do ex-tenista pode ser feita apenas com recurso à Justiça.
De acordo com o UOL Esport, Guga informou que vai recorrer.
“É lamentável a decisão”, afirmou Guga em nota divulgada à imprensa por sua assessoria. “Se eu quisesse utilizar a pessoa jurídica simplesmente para ter beneficio fiscal, seria muito mais fácil ter ido morar fora do Brasil, fixado residência em Montecarlo ou qualquer outro país com isenção fiscal e me livrado de pagar qualquer imposto, até porque eu passava muito mais tempo no exterior do que aqui”, argumenta Kuerten.
“Para mim sempre fez mais sentido trazer esse dinheiro para o Brasil e investir no meu país”, afirma o ex-tenista. “Desde o início da minha carreira, todos os impostos das premiações dos torneios que recebi como tenista, que dependem exclusivamente do meu rendimentos em quadra, eu paguei na pessoa física”, diz Guga.
O ex-número 1 do mundo argumenta que precisou montar uma empresa para gerir a marca Guga e a imagem do então atleta, por isso os valores foram recebidos pela firma. Ele diz que chegou a ter diversos funcionários, e que esta estrutura administrativa era fundamental para que ele conseguisse preocupar-se apenas com jogar tênis.
“Ou seja, eu teria que receber as propostas, negociar os valores, elaborar os contratos, agendar as campanhas e eventos, analisar os roteiros, definir a logística, aprovar filmes e fotos, produzir releases, e ainda organizar toda a agenda com a imprensa mundial”, diz o tenista, caso não pudesse contar com a empresa para este trabalho. (Com informações do UOL Esporte)
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