Ex-gerente da Petrobras usou Lei da Repatriação para lavagem de dinheiro, diz MPF

05/05/2017


Reprodução da web
Pelo menos um preso na 40ª fase da Operação Lava Jato, chamada de Asfixia, usou a Lei da Repatriação para lavar dinheiro no ano passado. A afirmação é do Ministério Público Federal.
De acordo com os procuradores, um dos detidos tinha 48 milhões de reais em contas nas Bahamas e fez a regularização cambial, dizendo que o dinheiro foi recebido com a venda de um imóvel. Ele pagou tributos e legalizou os recursos que tinham suposta origem em propina vinda de corrupção na Petrobras.
Segundo o procurador Diogo Castor, é preciso investigar os valores que foram regularizados pela lei.
A nova fase focou em três ex-gerentes da área de Gás e Energia da Petrobras, suspeitos de terem recebido mais de R$ 100 milhões de propinas de empreiteiras que eram contratadas pela estatal.
Também foram alvo dessa fase operadores financeiros que teriam usado as empresas Akyzo e Liderrol  para intermediar o pagamento da propina, por meio falsos serviços de consultoria,
Para o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, o caso mostra ousadia dos envolvidos, já que os pagamentos se estenderam até junho do ano passado, em pleno andamento da Lava Jato.
E o procurador aproveitou para destacar a importância da manutenção de prisões preventivas na semana em que o Supremo Tribunal Federal decidiu soltar José Dirceu, preso preventivamente desde agosto de 2015.
A 40ª fase da Lava Jato envolveu os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão, 2 de prisão preventiva, 2 de prisão temporária e 5 de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para prestar depoimento.
O nome Asfixia é uma referência a tentativa de cessar fraudes e desvio de dinheiro público em áreas da Petrobras. Não conseguimos contato com as empresas Akyzo e Liderrol.
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EBC Rádioagência Nacional